25.5.11

Campanha contra a dengue nas escolas de Samambaia

Bartolomeu Novais em sala de aula ajudando a divulgar
a campanha

Em parceria com a Secretaria de Saúde (SES) do Distrito Federal, desde o dia 25 de maio a Diretoria Regional de Ensino de Samambaia (DRESAM) tem ajudado a promover uma campanha de prevenção contra a dengue. Aqui em Samambaia as Escolas Classe (EC) 431 e 831 e o Centro de Ensino Fundamental 427 foram considerados focos de reprodução do mosquito transmissor da doença. O chefe do Núcleo de Desporto Escolar e Integração Comunitária (NDEIC) da DRESAM, Bartolomeu Novais, acompanhou um dia de trabalho dos agentes da SESDF nas escolas.

No seguinte link você pode ver algumas fotos desse dia:
https://picasaweb.google.com/deicdesamambaia/CampanhaContraADengue?authkey=Gv1sRgCPydzo_iqoOU3AE#

Seguem abaixo respostas às principais dúvidas sobre a doença, todas colhidas no próprio portal da SESDF na internet (www.saude.df.gov.br):

1) O que é dengue?
A dengue é uma doença febril aguda. A pessoa pode adoecer quando o vírus da dengue penetra no organismo, pela picada de um mosquito infectado, o Aedes aegypti.

2) Quanto tempo depois de ser picado aparece a doença?
Se o mosquito estiver infectado, o período de incubação varia de 3 a 15 dias, sendo em média de 5 a 6 dias.

3) Quais são os sintomas da dengue?
Os sintomas mais comuns são febre, dores no corpo, principalmente nas articulações, e dor de cabeça. Também podem aparecer manchas vermelhas pelo corpo e, em alguns casos, sangramento, mais comum nas gengivas.

4) O que devo fazer se aparecer alguns desses sintomas?
Buscar o serviço de saúde mais próximo.

5) Como é feito o tratamento da dengue?
Não há tratamento específico para o paciente com dengue clássico. O médico deve tratar os sintomas, como as dores de cabeça e no corpo, com analgésicos e antitérmicos (paracetamol e dipirona). Devem ser evitados os salicilatos, como o AAS e a Aspirina, já que seu uso pode favorecer o aparecimento de manifestações hemorrágicas. É importante também que o paciente fique em repouso e ingira bastante líquido.

Já os pacientes com Febre Hemorrágica do Dengue (FHD) devem ser observados cuidadosamente para identificação dos primeiros sinais de choque, como a queda de pressão. O período crítico ocorre durante a transição da fase febril para a sem febre, geralmente após o terceiro dia da doença. A pessoa deixa de ter febre e isso leva a uma falsa sensação de melhora, mas em seguida o quadro clínico do paciente piora. Em casos menos graves, quando os vômitos ameaçarem causar desidratação, a reidratação pode ser feita em nível ambulatorial. A FUNASA alerta que alguns dos sintomas da dengue só podem ser diagnosticados por um médico.

6) A pessoa que pegar dengue pode morrer?
A dengue, mesmo na forma clássica, é uma doença séria. Caso a pessoa seja portadora de alguma doença crônica, como problemas cardíacos, devem ser tomados cuidados especiais. No entanto, ela é mais grave quando se apresenta na forma hemorrágica. Nesse caso, quando tratada a tempo a pessoa não corre risco de morte.

7) Quais os cuidados para não se pegar dengue?
Como é praticamente impossível eliminar o mosquito, é preciso identificar objetos que possam se transformar em criadouros do Aedes. Por exemplo, uma bacia no pátio de uma casa é um risco, porque, com o acúmulo da água da chuva, a fêmea do mosquito poderá depositar os ovos neste local. Então, o único modo é limpar e retirar tudo que possa acumular água e oferecer risco. Em 90% dos casos, o foco do mosquito está nas residências.

8) Depois de termos dengue, podemos pegar novamente?
Sim, podemos, mas nunca do mesmo tipo de vírus. Ou seja, a pessoa fica imune contra o tipo de vírus que provocou a doença, mas ela ainda poderá ser contaminada pelas outras três formas conhecidas do vírus da dengue.

9) Posso pegar dengue de uma pessoa doente?
Em hipótese alguma. Não há transmissão por contato direto de um doente ou de suas secreções com uma pessoa sadia, nem de fontes de água ou alimento.

10) Existe vacina contra a dengue?
Ainda não, mas a comunidade científica internacional e brasileira está trabalhando firme neste propósito. Estimativas indicam que deveremos ter um imunizante contra a dengue em cinco anos. A vacina contra a dengue é mais complexa que as demais. A dengue, com quatro vírus identificados até o momento, é um desafio para os pesquisadores. Será necessário fazer uma combinação de todos os vírus para que se obtenha um imunizante realmente eficaz contra a doença.

11) O inseticida aplicado para matar o mosquito de dengue funciona mesmo? E o fumacê?
Sim, os produtos funcionam. Tanto os larvicidas quanto os inseticidas distribuídos aos estados e municípios pela FUNASA têm eficácia comprovada.

Os larvicidas servem para matar as larvas do Aedes. São aqueles produtos em pó, ou granulado, que o agente de combate a dengue coloca nos ralos, caixas d’água, ou seja, naqueles lugares onde há água parada que não pode ser eliminada.

Agentes da SESDF fazendo campanha em sala de aula
Já os inseticidas são líquidos espalhados pelas máquinas do fumacê, que matam os insetos adultos enquanto estão voando, pela manhã e à tarde, porque o Aedes tem hábitos diurnos. O fumacê não é aplicado indiscriminadamente, somente quando há alta infestação do Aedes aegypti, ou seja, quando tem muito mosquito da dengue em determinada região da cidade. Desse modo, o fumacê pode ser considerado um recurso extremo, porque é utilizado num momento de alta infestação do mosquito, quando as ações preventivas de combate à dengue falharam ou não foram adotadas.

Algumas vezes, os mosquitos e larvas desenvolvem resistência aos produtos. Sempre que isso é detectado, o produto é imediatamente substituído por outro.

12) O mosquito da dengue pode ser erradicado?
O Aedes aegypti foi considerado erradicado no Brasil em duas ocasiões, nas décadas de 50 e de 70. Mas este resultado não foi obtido em outros países do continente americano, como os Estados Unidos, Venezuela e as ilhas do Caribe, mantendo o Brasil sob permanente risco de reinfestação. Nos anos de 1986/87 ocorreu um grande surto de dengue no Brasil, o primeiro a cruzar as divisas estaduais, atingindo principalmente as populações de Alagoas, Ceará e Rio de Janeiro. O crescimento da indústria de embalagens descartáveis e a expansão desorganizada dos centros urbanos, além do aquecimento global, são fatores que confirmam ser praticamente impossível, a curto prazo, erradicar novamente o mosquito da dengue. O que precisamos fazer é aprender sobre este inimigo para combatê-lo. Por exemplo, identificar todo o criadouro potencial do Aedes para acabar com este risco e assim evitar que a fêmea encontre recipientes com água acumulada para depositar os ovos.

13) Apenas o setor Saúde está envolvido nas ações de combate a dengue?
Não. Esta é uma ação intersetorial e que deve contar com a efetiva participação da sociedade. Setores importantes, como Educação e Meio ambiente, por exemplo, são imprescindíveis neste processo.

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