26.5.11

Dia da família na escola

Renata Simões, diretora do CEF 519, e Bartolomeu
Novais, chefe do NDEIC/DRESAM


















O Centro de Ensino Fundamental (CEF) 519 de Samambaia dedicou um dia para receber não só os seus estudantes como está acostumado a fazer diariamente. 21 de maio foi o “Dia da Família na Escola”. Os pais, as mães, os irmãos e as irmãs dos estudantes foram à escola para aprender também. Eles puderam participar de várias oficinas dedicadas às mais diversas atividades, tais como tapeçaria, grafite e desenho, jogo de xadrez, confecção de bijuterias, produção de sabão e ainda muitas outras.

Toda a família também pôde aprender a cuidar mais da saúde. Foi promovida uma palestra sobre alimentação saudável, hipertensão, diabetes e obesidade. Também não faltou incentivo para praticar atividades físicas, por exemplo, no “Aulão de Ginástica”, coordenado pelas profas. Kalinca e Marilda, que fazem parte do programa “Ginástica nas Quadras”. Houve apresentações dos estudantes de caratê, com o prof. Edmilson, e de tae kwon do, com o prof. Willian. Enfim, para quem quisesse relaxar, o evento ainda reservou uma sala só para massagem corporal.

A Diretoria Regional de Ensino de Samambaia (DRESAM) agradece ao CEF 519 que muito gentilmente nos recebeu, em particular, à diretora Renata Simões. Parabéns pela iniciativa! Realmente, a escola não pode se resumir a um espaço exclusivo de quem é estudante. Sempre que possível, ela também deve abrir as portas para toda a família. Só assim poderá cumprir plenamente o seu verdadeiro papel social: difundir a cultura e a educação em toda a comunidade.

Para ver as fotos do evento, clique no link abaixo:
https://picasaweb.google.com/deicdesamambaia/DiaDaFamiliaNaEscolaCEF519?authkey=Gv1sRgCJiT15yvxerXoQE#


OFICINA DE TAPETE DE MALHA
Professores: Cíntia, Maria Telma de Sousa (Educação Integral), Alessandra e Carlos (Monitores)

OFICINA DE PINTURA
Lucilene

OFICINA DA ASSISTÊNCIA JURÍDICA
Edinilce Gomes (Advogada, professora da escola há dez anos) e Thiago Marques (Advogado)

OFICINA DE GLICOSE E PRESSÃO ARTERIAL
Ana Cristina (Posto de saúde 5/2 de Samambaia) e Wellington (Posto de saúde 5/2 de Samambaia)

OFICINA DE BIJUTERIAS
Professoras.: Diná Amaral, Júlia Frazão e Raquel

RECICLAGEM DE ÓLEO – SABÃO
Rosinha (Agente de Portaria)

OFICINA DE XADREZ
Professor: Ismael, e Ana Paula e Kensley (alunos)

OFICINA DE GRAFITE E DESENHO
Professor: Elias M. de Deus

25.5.11

Campanha contra a dengue nas escolas de Samambaia

Bartolomeu Novais em sala de aula ajudando a divulgar
a campanha

Em parceria com a Secretaria de Saúde (SES) do Distrito Federal, desde o dia 25 de maio a Diretoria Regional de Ensino de Samambaia (DRESAM) tem ajudado a promover uma campanha de prevenção contra a dengue. Aqui em Samambaia as Escolas Classe (EC) 431 e 831 e o Centro de Ensino Fundamental 427 foram considerados focos de reprodução do mosquito transmissor da doença. O chefe do Núcleo de Desporto Escolar e Integração Comunitária (NDEIC) da DRESAM, Bartolomeu Novais, acompanhou um dia de trabalho dos agentes da SESDF nas escolas.

No seguinte link você pode ver algumas fotos desse dia:
https://picasaweb.google.com/deicdesamambaia/CampanhaContraADengue?authkey=Gv1sRgCPydzo_iqoOU3AE#

Seguem abaixo respostas às principais dúvidas sobre a doença, todas colhidas no próprio portal da SESDF na internet (www.saude.df.gov.br):

1) O que é dengue?
A dengue é uma doença febril aguda. A pessoa pode adoecer quando o vírus da dengue penetra no organismo, pela picada de um mosquito infectado, o Aedes aegypti.

2) Quanto tempo depois de ser picado aparece a doença?
Se o mosquito estiver infectado, o período de incubação varia de 3 a 15 dias, sendo em média de 5 a 6 dias.

3) Quais são os sintomas da dengue?
Os sintomas mais comuns são febre, dores no corpo, principalmente nas articulações, e dor de cabeça. Também podem aparecer manchas vermelhas pelo corpo e, em alguns casos, sangramento, mais comum nas gengivas.

4) O que devo fazer se aparecer alguns desses sintomas?
Buscar o serviço de saúde mais próximo.

5) Como é feito o tratamento da dengue?
Não há tratamento específico para o paciente com dengue clássico. O médico deve tratar os sintomas, como as dores de cabeça e no corpo, com analgésicos e antitérmicos (paracetamol e dipirona). Devem ser evitados os salicilatos, como o AAS e a Aspirina, já que seu uso pode favorecer o aparecimento de manifestações hemorrágicas. É importante também que o paciente fique em repouso e ingira bastante líquido.

Já os pacientes com Febre Hemorrágica do Dengue (FHD) devem ser observados cuidadosamente para identificação dos primeiros sinais de choque, como a queda de pressão. O período crítico ocorre durante a transição da fase febril para a sem febre, geralmente após o terceiro dia da doença. A pessoa deixa de ter febre e isso leva a uma falsa sensação de melhora, mas em seguida o quadro clínico do paciente piora. Em casos menos graves, quando os vômitos ameaçarem causar desidratação, a reidratação pode ser feita em nível ambulatorial. A FUNASA alerta que alguns dos sintomas da dengue só podem ser diagnosticados por um médico.

6) A pessoa que pegar dengue pode morrer?
A dengue, mesmo na forma clássica, é uma doença séria. Caso a pessoa seja portadora de alguma doença crônica, como problemas cardíacos, devem ser tomados cuidados especiais. No entanto, ela é mais grave quando se apresenta na forma hemorrágica. Nesse caso, quando tratada a tempo a pessoa não corre risco de morte.

7) Quais os cuidados para não se pegar dengue?
Como é praticamente impossível eliminar o mosquito, é preciso identificar objetos que possam se transformar em criadouros do Aedes. Por exemplo, uma bacia no pátio de uma casa é um risco, porque, com o acúmulo da água da chuva, a fêmea do mosquito poderá depositar os ovos neste local. Então, o único modo é limpar e retirar tudo que possa acumular água e oferecer risco. Em 90% dos casos, o foco do mosquito está nas residências.

8) Depois de termos dengue, podemos pegar novamente?
Sim, podemos, mas nunca do mesmo tipo de vírus. Ou seja, a pessoa fica imune contra o tipo de vírus que provocou a doença, mas ela ainda poderá ser contaminada pelas outras três formas conhecidas do vírus da dengue.

9) Posso pegar dengue de uma pessoa doente?
Em hipótese alguma. Não há transmissão por contato direto de um doente ou de suas secreções com uma pessoa sadia, nem de fontes de água ou alimento.

10) Existe vacina contra a dengue?
Ainda não, mas a comunidade científica internacional e brasileira está trabalhando firme neste propósito. Estimativas indicam que deveremos ter um imunizante contra a dengue em cinco anos. A vacina contra a dengue é mais complexa que as demais. A dengue, com quatro vírus identificados até o momento, é um desafio para os pesquisadores. Será necessário fazer uma combinação de todos os vírus para que se obtenha um imunizante realmente eficaz contra a doença.

11) O inseticida aplicado para matar o mosquito de dengue funciona mesmo? E o fumacê?
Sim, os produtos funcionam. Tanto os larvicidas quanto os inseticidas distribuídos aos estados e municípios pela FUNASA têm eficácia comprovada.

Os larvicidas servem para matar as larvas do Aedes. São aqueles produtos em pó, ou granulado, que o agente de combate a dengue coloca nos ralos, caixas d’água, ou seja, naqueles lugares onde há água parada que não pode ser eliminada.

Agentes da SESDF fazendo campanha em sala de aula
Já os inseticidas são líquidos espalhados pelas máquinas do fumacê, que matam os insetos adultos enquanto estão voando, pela manhã e à tarde, porque o Aedes tem hábitos diurnos. O fumacê não é aplicado indiscriminadamente, somente quando há alta infestação do Aedes aegypti, ou seja, quando tem muito mosquito da dengue em determinada região da cidade. Desse modo, o fumacê pode ser considerado um recurso extremo, porque é utilizado num momento de alta infestação do mosquito, quando as ações preventivas de combate à dengue falharam ou não foram adotadas.

Algumas vezes, os mosquitos e larvas desenvolvem resistência aos produtos. Sempre que isso é detectado, o produto é imediatamente substituído por outro.

12) O mosquito da dengue pode ser erradicado?
O Aedes aegypti foi considerado erradicado no Brasil em duas ocasiões, nas décadas de 50 e de 70. Mas este resultado não foi obtido em outros países do continente americano, como os Estados Unidos, Venezuela e as ilhas do Caribe, mantendo o Brasil sob permanente risco de reinfestação. Nos anos de 1986/87 ocorreu um grande surto de dengue no Brasil, o primeiro a cruzar as divisas estaduais, atingindo principalmente as populações de Alagoas, Ceará e Rio de Janeiro. O crescimento da indústria de embalagens descartáveis e a expansão desorganizada dos centros urbanos, além do aquecimento global, são fatores que confirmam ser praticamente impossível, a curto prazo, erradicar novamente o mosquito da dengue. O que precisamos fazer é aprender sobre este inimigo para combatê-lo. Por exemplo, identificar todo o criadouro potencial do Aedes para acabar com este risco e assim evitar que a fêmea encontre recipientes com água acumulada para depositar os ovos.

13) Apenas o setor Saúde está envolvido nas ações de combate a dengue?
Não. Esta é uma ação intersetorial e que deve contar com a efetiva participação da sociedade. Setores importantes, como Educação e Meio ambiente, por exemplo, são imprescindíveis neste processo.

24.5.11

Estréia do filme “Periférico 304” em Samambaia

Bartolomeu Novais ao lado do cartaz do filme
Na noite de 19 de maio, última quinta-feira, estreou em Samambaia o filme “Periférico 304”. E a Diretoria Regional de Ensino de Samambaia (DRESAM) fez questão de prestigiar esse momento tão importante para a história cultural de Samambaia. Assistiram ao filme a diretora da DRESAM, profa. Terezinha Barbosa, e o chefe do Núcleo de Desporto Escolar e Integração Comunitária, Bartolomeu Novais, além de outros funcionários. A estréia também contou com a presença do administrador de Samambaia, Risomar Carvalho.

Para ver as fotos da estréia, clique no link abaixo:https://picasaweb.google.com/lh/sredir?uname=deicdesamambaia&target=ALBUM&id=5610276914200509889&authkey=Gv1sRgCMuC67WltcTWUg&invite=CMyf0MoK&feat=email

19.5.11

Calendário de exibições do filme “Periférico 304”

Depois de ser veiculado na última quinta-feira, dia 12 de maio, no IESB da Asa Norte, estréia em Samambaia um filme que foi todo produzido na própria cidade e que, inclusive, foi representado por seus moradores (cf. postagem abaixo, dia 02.05). Ele se chama “Periférico 304”, e será exibido hoje e amanhã às 19h no ginásio de eventos do Centro de Ensino Médio 304, quadra 304, Samambaia Sul.

Confira o calendário de exibições de “Periférico 304”:
19 e 20 de maio, às 19h
Ginásio de eventos do Centro de Ensino Médio 304. Quadra 304, Samambaia Sul.

24, 25 e 26 de maio, às 19h
Colégio CCI. Quadra 401, Samambaia Norte.

06 a 17 de junho (segunda a sexta)
Biblioteca de Samambaia. Quadra 407, Samambaia Norte.

18.5.11

Abertura dos JESAM 2011

Depois de muito trabalho, enfim, está aberta a décima sétima edição dos Jogos Escolares de Samambaia (JESAM)! Em 2011, os JESAM levantam a bandeira da paz, haja vista os últimos acontecimentos que chocaram o país. “A paz é a única forma de nos sentirmos realmente humanos”, anunciam em uma faixa os estudantes do Centro de Ensino Médio (CEM) 304 ao entrar no ginásio da Vila Olímpica Rei Pelé, na manhã de quinta-feira, dia 12 de maio.

Os JESAM são disputados todos os anos nas seguintes modalidades: handebol, voleibol, futsal, basquetebol, atletismo. A partir de 2010, os jogos passaram a incluir a modalidade natação para alunos do ensino regular, e natação e atletismo para alunos portadores de necessidades especiais. Em 2011, os JESAM contam com mais uma modalidade: o tênis de mesa. Inscreveram-se 20 escolas, sendo 17 públicas e 03 particulares.

Prof. Manoel regendo a "Banda de Fanfarra".
Sob a regência do prof. Manoel, a “Banda de Fanfarra de Samambaia” dos estudantes do Centro de Ensino Fundamental (CEF) 507 abriu o desfile das escolas participantes com o rufo de seus tambores, zabumbas e caixas, acompanhado de cornetas e trompetes. As ginastas do CID de ginástica rítmica, sob a direção da profa. Adriana, fizeram uma coreografia embalada no ritmo de uma divertida versão forró do hino nacional brasileiro. Depois elas mantiveram estendidas as bandeiras do Brasil, do Distrito Federal e dos JESAM, enquanto o hino nacional foi executado por um trompete solo, agora na versão oficial.

Ginastas do CID de ginástica rítmica.
Por terem conquistado o primeiro lugar nos Jogos Escolares do DF em 2010, os atletas do CID de handebol (CEF 519) foram convidados a sentar na tribuna de honra. Graças a esse título, eles puderam representar o DF nas Olimpíadas Escolares (JEBs) em Fortaleza - CE, em setembro de 2010 (cf. postagem abaixo). Por tudo isso eles foram homenageados na abertura dos JESAM 2011, recebendo um diploma conferido pelo Ministério do Esporte e pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB), que oficializa a participação deles nas Olimpíadas Escolares. Parabéns aos nossos jovens atletas!

No palco, compuseram a mesa: profa. Angela, representante da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal (SEDF), profa. Terezinha Barbosa da Diretoria Regional de Ensino de Samambaia (DRESAM), profa. Ricarda da Vila Olímpica Rei Pelé, prof. José Ribamar, diretor da Diretoria de Desporto Escolar (DIDESC), prof. Rogério Guerreiro, diretor do Centro Interescolar de Educação Física (CIEF), major Gomes, do Corpo de Bombeiros Militar (12ª GBM), e Rodrigo Ribeiro, delegado da 32ª Delegacia de Polícia.

Profa. Terezinha durante seu pronunciamento.
Em seu pronunciamento, a diretora da DRESAM, em particular, profa. Terezinha Barbosa, parabenizou todos os professores de educação física que estão participando dos JESAM; em especial, ela congratulou o prof. Francisco Jesumar e o prof. Cláudio Henrique, que, nos últimos meses, trouxeram para Samambaia conquistas importantes em torneios de voleibol e de handebol, respectivamente (cf. postagens abaixo). Ela ressaltou a importância da prática de esportes para o processo educativo, pois neles são cultivados valores como honestidade, solidariedade e espírito de equipe. Por fim, a profa. Terezinha enfatizou que a DRESAM não poupará esforços para promover o esporte em Samambaia.

Como já tinha acontecido no Festsam em novembro de 2010 (cf. postagem abaixo), os estudantes do Centro de Ensino Especial 01 arrebataram aplausos, gritos e assobios do público presente. Eles coreografaram, sob a direção da profa. Sônia, uma das mais famosas músicas do compositor e dançarino estadunidense Michael Jackson, “Thriller”, que na década de 80 fez um enorme sucesso entre os jovens.

Depois da cerimônia de juramento, chega, enfim, o momento historicamente mais significativo do evento: o acendimento da pira olímpica. Mas de onde vem essa tradição que se repete na cultura ocidental a mais de dois mil e quinhentos anos? Para saber a origem desse costume, precisamos voltar à Grécia antiga, em particular, ao mito envolvendo Prometeu, filho de Zeus, que era o rei de todos os deuses gregos.

Segundo Hesíodo, poeta grego autor de Os trabalhos e os dias, Prometeu e seu irmão, Epitemeu, teriam sido incumbidos de criar todos os animais e os seres humanos. Enquanto seu irmão se encarregou de executar a tarefa, coube a Prometeu a responsabilidade de supervisioná-la. Assim, Epitemeu deu a cada animal certos membros que poderiam distingui-lo dos outros animais. Por exemplo, uns receberam asas, enquanto outros, garras, e outros, carapaça etc. Ele deu ainda a cada animal uma habilidade, como força, coragem, sagacidade e assim por diante.

Quando chegou aos seres humanos, Epitemeu os modelou com barro, mas já havia usado todos os recursos disponíveis nos outros animais. Então, pediu ajuda a Prometeu, que roubou dos deuses um dom que lhes era exclusivo: o fogo – que, segundo o mito, seria aquilo que daria a quem o possuísse o dom do conhecimento. Então, foi o dom proporcionado pelo fogo que distinguiria os seres humanos dos animais.

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"Prometeu" (1612), do pintor barroco alemão
Peter Paul Rubens.
Enfurecido com a atitude de seu filho, que roubou um dom até então exclusivo dos deuses, Zeus ordenou Hefesto, deus dos ferreiros, que fabricasse uma corrente e prendesse Prometeu no cume do monte Cáucaso. Lá haveria uma águia que, durante 30.000 anos, dilaceraria todos dos dias o fígado de Prometeu. Como ele era imortal, todavia, seu fígado se regeneraria à noite para ser novamente devorado pela ave no dia seguinte, até que o castigo fosse totalmente cumprido. Depois, Hércules, outro deus grego, célebre pela sua força, libertaria Prometeu desse martírio.

Esse mito mostra a importância do fogo para a cultura grega. Mas por que há essa conhecida relação com os jogos olímpicos? Segundo os estudiosos no assunto, ela tem origem nas cerimônias gregas onde eram feitos sacrifícios a Zeus. Eram promovidas corridas até o templo onde se encontravam os sacerdotes que realizariam a cerimônia. No templo, era acesa uma tocha, que seria entregue ao vencedor da corrida. Como prêmio, ele teria o privilégio de acender a pira no altar preparado para o sacrifício. Por isso, os gregos antigos acabaram cultivando o costume de manter a chama acesa durante a realização dos jogos olímpicos, como forma de homenagear Zeus.

Estudante Paulo Matheus
acendendo a pira olímpica.
Enfim, depois de séculos e mais séculos de história, repetimos esse mesmo costume aqui, em Samambaia. O privilégio ancestral de acender a pira olímpica foi conferido a Paulo Matheus, estudante do CEF 519. Primeiro, ele correu em redor da quadra, exibindo para todos a tocha, para então acender a pira situada no palco. Vejam quanta história há por trás do nosso evento! Curioso, não?

Finalmente, a abertura dos JESAM termina com um jogo de handebol entre o CID de Samambaia e o CID do Setor P Sul.

Agradecemos ao Shopping Risk e ao Home Center Castelo Forte, que patrocinaram parte da compra das medalhas, a Fox Som, que nos prestou esse serviço técnico graças ao apoio do chefe de gabinete da Administração Regional de Samambaia, Juscelino França, aos professores coordenadores de cada modalidade, à profa. Ricarda, que pôs à nossa disposição a Vila Olímpica Rei Pelé, à profa. Márcia, diretora da EAPE, à profa. Antônia, chefe do NDEIC de Taguatinga, ao major Gomes (CBM) e ao delegado Rodrigo Ribeiro (Polícia Civil), que estão trabalhando para garantir segurança aos JESAM. Agradecemos também a todos que, por motivos completamente contingentes, não foram citados aqui e que, todavia, também nos deram apoio.

Para ver as demais fotos do evento, todas de autoria do fotógrafo Daniel Fama (NMP/DRESAM), basta clicar no link ao lado: https://picasaweb.google.com/lh/sredir?uname=deicdesamambaia&target=ALBUM&id=5608036296444307985&authkey=Gv1sRgCLv6-pjYpe7PzgE&invite=CL6ekqMD&feat=email

Veja ainda outras fotos no link ao lado: https://picasaweb.google.com/lh/sredir?uname=deicdesamambaia&target=ALBUM&id=5608037424101902321&authkey=Gv1sRgCPnavaDSt4bqowE&invite=CJ-G57YN&feat=email

Fonte consultada:

17.5.11

Poéticas Digitais

Rosângela Montalvão
“Poéticas Digitais” é o título da palestra de Rosângela Montalvão, orientadora educacional da Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal (SEDF). No auditório do Instituto Federal de Brasília, campus Samambaia (QN 304), dia 16 de maio, Rosângela buscou mostrar as possibilidades e as vantagens para o trabalho pedagógico do uso da videoarte em sala de aula. Segundo ela, “esse recurso ajuda a promover a autonomia do estudante por meio de uma construção consciente de si mesmo”.

Para quem não sabe, videoarte é uma palavra oriunda das artes plásticas, e nomeia uma prática cada vez mais comum entre os artistas, atualmente. Desde meados do século XX, imagens e sons veiculados em vídeo se tornaram material artístico, ao lado daqueles já consolidados na tradição das artes – tela e tinta para pintura, mármore para escultura, palco e figurino para teatro e assim por diante.

O objetivo do evento foi proporcionar uma troca de experiências entre os professores de arte das escolas vinculadas à Diretoria Regional e Ensino de Samambaia (DRESAM). Após a palestra, houve uma oficina onde os professores puderam fazer experiências com vídeos, tendo em vista o uso desse recurso em sala de aula.

O evento contou com a presença da diretora da DRESAM, profa. Terezinha Barbosa Faria, de Beatriz Goulart, assistente pedagógica (DRESAM), de Roger Pena, chefe do Núcleo de Monitoramento Pedagógico (NMP/DRESAM), e da equipe do programa “Ensino Fundamental Anos Finais”: Daniel Fama, Elvis Vilela e Wesley Pereira. Além deles, claro, também participaram os professores de arte do ensino fundamental das escolas públicas de Samambaia.

Para ver as fotos do evento, todas de autoria de Daniel Fama (NMP/DRESAM), clique no link abaixo:
https://picasaweb.google.com/lh/sredir?uname=deicdesamambaia&target=ALBUM&id=5608774190375248369&authkey=Gv1sRgCJe224DbsZWHMQ&invite=CNWj1M4P&feat=email

Samambaia busca prevenir os estudantes do uso de drogas

No dia 29 de abril, no ginásio da Vila Olímpica Rei Pelé, foi realizado um “Festival contra as drogas”, no intuito de prevenir os estudantes das escolas públicas do uso de entorpecentes ilegais e de todos os males que eles acarretam. Quem promoveu o festival foi a ONG ADC, em parceria com diversas instituições de Samambaia – Administração Regional, Diretoria Regional de Ensino (DRESAM), Polícia Militar e Corpo de Bombeiros, além de Centros de Referências em Assistência Social (CRAS).

O festival contou com a presença do rapper MV Bill, que mediou um debate onde os estudantes puderam fazer várias perguntas sobre o problema das drogas. Em particular, eles quiseram saber qual seria o plano de ação das autoridades locais contra as drogas nas escolas. Na resposta concordaram o chefe de gabinete da Administração Regional de Samambaia, Juscelino França, e a diretora da DRESAM, profa. Terezinha Barbosa. Para ambos, é bem melhor agir com medidas preventivas e, consequentemente, evitar o uso da força repressiva do Estado.

O festival ainda teve apresentações do Centro Desportivo Cultural de Capoeira "Antiga Arte", do mestre Furioso. Por fim, a banda do rapper MV Bill encerra o festival, animando a garotada.

Para ver as fotos do festival, clique no link: https://picasaweb.google.com/lh/sredir?uname=deicdesamambaia&target=ALBUM&id=5607651704836160273&authkey=Gv1sRgCKTChrvOqcv8_gE&invite=CNH296MD&feat=email

14.5.11

Samambaia faz campanha contra o abuso sexual

Nezinho (E) e Guilherme (D), jogadores do time
de basquete de Brasília campeões do NBB.

18 de maio foi o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Samambaia se antecipou, lançando uma campanha contra esse crime funesto na tarde do dia 14 de maio, na Vila Olímpica Rei Pelé. O evento contou com a presença de jogadores do time de basquete de Brasília (UniCEUB/BRB), Arthur, Nezinho, Guilherme, Bruno e Alírio, que, aliás, viriam a ser campões brasileiros do NBB. Na manhã do dia 21, foi realizada uma caminhada em defesa das crianças e dos adolescentes. Todos foram convidados a comparecer de camisa branca.

A DRESAM também apóia esta campanha. Caso você saiba de algum caso de abuso sexual contra crianças e adolescentes, faça bonito: disque 100, e denuncie esse crime para os Direitos Humanos. Ajude a proteger o futuro do nosso país.

Para ver as fotos do lançamento da campanha, clique no link abaixo:
https://picasaweb.google.com/deicdesamambaia/CampanhaContraOAbusoSexualDeCriancasEAdolescentes?authkey=Gv1sRgCIPWnf-P8vfIYQ#

11.5.11

Samambaia fica em 3º lugar em torneio de voleibol

Diretora da DRESAM, Terezinha Barbosa, ao lado do prof.
Francisco Jesumar, exibindo o troféu conquistado no torneio.
A equipe de jogadores de voleibol do Centro de Iniciação Desportiva (CID) de Samambaia, sob o comando do prof. Francisco Jesumar, conquistou o 3º lugar no 1º Torneio Brasiliense de Voleibol Infanto-juvenil 2011 (masculino). Os jogos foram realizados nos dias 16 e 17 de abril no SESI de Ceilândia, e o torneio contou com o apoio da academia Unique Fitness.
 
Nós, da Diretoria Regional de Ensino de Samambaia (DRESAM), parabenizamos o prof. Francisco e seus atletas pela conquista. Acreditamos na força pedagógica do esporte que infunde nos estudantes não só um espírito de dedicação para realizar um fim como também uma disposição para trabalhar em equipe. Esses dois fatores são, em particular, fundamentais no processo de aprendizagem.

10.5.11

Dia das mães

Só queremos compartilhar com vocês um pouco do que fizemos aqui, na DRESAM, em comemoração ao dia das mães, no dia 09 de maio. O momento mais divertido foi a encenação de uma peça teatral encenada por funcionários da própria diretoria. Marília Abreu, José Carlos, Selassiê e Bartolomeu Novais contaram a história de uma mãe que reencontra os três filhos depois de anos de separação.

Abaixo, segue o texto da peça:
MARÍLIA: Meus filhos, eu tenho tanta saudade dos tempos que vocês eram meus bebês, vocês me davam mais atenção, ficavam mais perto de mim, sempre buscavam os meus afagos, meus afetos, a minha atenção.


JOSÉ CARLOS: Ah, mãe! Não fala assim.
Mãe, tu és a conselheira dos meus passos,
A mais digna mulher dos meus abraços,
A dona do mais puro beijo meu;


Mãe, tu és o meu prazer na vida ou na morte,
Pois me ensinaste a ter um braço forte
E a construir a imagem do meu eu.


SELASSIÊ: Mãe, tu tens em tuas mãos todas as virtudes,
Pois entregaste a tua juventude
pelo prazer de ter nome de mãe;


E eu usei todas as palavras que disponho,
Mas na maior frase que a ti componho
Existe algo ainda por dizer.


BARTOLOMEU: Mãe, tu és pra poesia uma meta,
A musa inspiradora de um poeta,
Que descobriu a fonte do amor,


Mãe, em ti eu vejo tudo o que há em mim,
Por isso eu digo que és, enfim,
A imagem mais perfeita do que sou.


(No fim, todos os quatro se abraçam.)

Para ver as fotos da nossa comemoração, clique no link ao lado: https://picasaweb.google.com/lh/sredir?uname=deicdesamambaia&target=ALBUM&id=5608772164955417905&authkey=Gv1sRgCKn71s_fwKP8tQE&invite=CN_TgcIF&feat=email

4.5.11

DRESAM promove palestra sobre relacionamentos interpessoais

Em meio às múltiplas inteligências desenvolvidas ao longo da vida, a relação interpessoal é essencial para a inserção do ser humano em sociedade. A escola é um dos lugares mais significativos para trabalhar esse aspecto da natureza humana, uma vez que nela aprendemos desde cedo a desenvolver a nossa sociabilidade. Enfim, quando aprimoramos a nossa capacidade de nos relacionar com os outros, podemos resolver melhor muitos problemas que nos afligem cotidianamente.

Nessa perspectiva, o Núcleo de Monitoramento Pedagógico (NMP) da Diretoria Regional de Ensino de Samambaia (DRESAM), em parceria com SESC de Taguatinga, promoveu na última segunda-feira, 02 de maio, a palestra “A Arte dos Relacionamentos Interpessoais: Trabalhando as situações pilares das interações humanas”, com o professor doutor em psicologia escolar e mestre em educação Simão de Miranda.

Autor de diversos trabalhos científicos publicados em revistas como Ciência Hoje, da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência e Linhas Críticas, da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília, Simão produziu trinta e um livros (dois traduzidos) distribuídos no Brasil e dois deles em Portugal.

A palestra buscou estimular reflexões sobre o lugar de cada um no espaço escolar, construindo estratégias que favorecem a convivência social, o exercício do consenso, da comunicação, da criatividade, dos binômios cooperação/competição, crítica/autocrítica, estima/autoestima, confiança/desconfiança, lealdade/deslealdade, etc.

3.5.11

Conferência Distrital sobre a Gestão Democrática

No dia 20 de abril, véspera do 51º aniversário de Brasília, foi realizada no Centro de Convenções Ulysses Guimarães a Conferência Distrital sobre o projeto de lei “Gestão Democrática da Educação do DF”, de autoria da deputada distrital Rejane Pitanga (PT). Esse evento encerrou um longo ciclo de plenárias que abrangeu todas as regionais de ensino, com o fito de submeter o projeto a uma discussão aberta. (Cf. a postagem publicada abaixo, “Plenária sobre gestão democrática em Samambaia”).
Profa. Patrícia Oliveira

Estiveram presentes o governador Agnelo Queiroz (PT), a deputada distrital Rejane Pitanga e a secretária de educação Regina Vinhaes. Além deles: Erasto Fortes (secretário adjunto), Olgamir Amâncio (secretaria da mulher), Berenice Darc (SINPRO-DF), André João (UBES) e Denivaldo Alves (SAE). O auditório contou com a presença de representantes das 649 escolas públicas da Rede de Ensino do DF.

Patrícia Oliveira, professora de uma escola do Guará, abriu o evento com a recitação de “Os estatutos do homem”, de Thiago Mello. Esse poema foi escrito em abril de 1964, justamente quando o cenário político brasileiro acabava de entrar naquele que talvez possa ser considerado o período mais tenebroso da sua história. Assim, já na abertura, a conferência revelava indícios de que o espírito democrático deveria ser o tom no qual todos os presentes afinariam os seus discursos.


E foi o que aconteceu. Após a composição da mesa, Bartolomeu Novais, chefe do Núcleo de Desporto Escolar e Integração Comunitária (NDEIC) da Diretoria Regional de Ensino de Samambaia (DRESAM), recitou um canto em estilo de rodeio, que ele próprio compôs, no qual homenageia o projeto de Gestão Democrática (cf. vídeo acima). “O roteiro deste evento é mais dinâmico que estático/Pois trata-se da transição de teórico para o prático/Dessa forma construiremos um Projeto Democrático”, cantou Bartolomeu.

A busca dessa “transição do teórico para o prático” é o que pode ser constatado em vários momentos da conferência, dos quais relatamos alguns.

Homenagem a Brasília
A secretária de educação, Regina Vinhaes (E), o governador
Agnelo Queiroz (C) e a deputada distrital Rejane Pitanga (D)
Após a execução do hino nacional, Regina Vinhaes abriu o evento com breves considerações, a fim de, muito gentilmente, passar a palavra ao governador Agnelo Queiroz, que, por uma questão de agenda, não poderia permanecer durante toda a manhã. Agnelo aproveitou a oportunidade para relacionar o 51º aniversário de Brasília com o tema da conferência. “A melhor forma de homenagear a cidade é cuidar da educação”, ressaltou. Ele também elogiou a coerência de submeter à discussão pública um projeto de lei que pretende assegurar uma gestão democrática da educação.

Contra o autoritarismo
Em seu discurso, a deputada distrital Rejane Pitanga fez referências a outras experiências para implantar uma gestão democrática na educação, em particular, ao governo de Cristovam Buarque. Depois de “doze anos tenebrosos”, nas palavras da deputada, chega enfim o momento de “romper com o autoritarismo, com a terceirização e com o sucateamento”. É necessário permitir que a comunidade seja “sujeito na construção da educação”. É por isso que o projeto prevê a constituição de conselhos participativos, além das eleições diretas para direção de escolas.

Respeito às diferenças
Em nome da secretaria da mulher, Olgamir Amâncio defendeu que a promoção do ensino público é dever do Estado, mas a sua qualidade depende da participação da comunidade. “Democracia é um trabalho árduo”, ela diz, e “participar é mais do que estar presente”. Ora, ao se referir à participação da comunidade, decerto, a secretária tinha em mente toda ela. Por isso, ela considerou um aspecto essencial da democracia o respeito às diferenças de raça, de gênero e de orientação sexual.

Distribuição do poder
O secretário adjunto Erasto Fortes fez um resumo da história da educação no Brasil, que remonta à chegada dos portugueses. Segundo ele, um problema tem persistido nessa história. Embora tenha se tornado dever do Estado estender o acesso à educação a todos os cidadãos, essa garantia legal tem demonstrado ser insuficiente. Pois um ensino de qualidade tem sido um privilégio somente das classes mais ricas. “Não basta construir escolas”, ele adverte, é necessária qualidade de ensino, o que só será possível quando houver uma distribuição do poder a todos os setores. Assim, ele defendeu uma “radicalização da democracia”.

Conquistar a comunidade
O que definiu o discurso da representante do SINPRO-DF, Berenice Darc, foi a oposição a uma educação gerida “de cima para baixo”. Para isso, é imprescindível “ganhar o outro”, diz ela, ou seja, é necessário trazer a comunidade para o debate. Uma verdadeira gestão democrática não pode ser uma mera conquista de governo, pois bastaria uma mudança de gestão para estarmos “reféns” de outro projeto de lei, que talvez não reflita os anseios da comunidade. Por isso, uma gestão democrática precisa ser, segundo ela, uma “conquista de Estado”. Em uma palavra, ela precisa ser incorporada nos próprios cidadãos.

Problema da terceirização de serviços
O representante do sindicato dos auxiliares da educação (SAE), Denivaldo Alves, elogiou a oportunidade, ausente nos governos anteriores, de debater publicamente a política da educação. O ponto mais forte do seu discurso foi, sem dúvida, o problema da terceirização dos cargos que, originalmente, eram destinados a servidores concursados. O principal argumento contra a terceirização é que ela gera uma “alta rotatividade” de funcionários, acarretando um risco à segurança da escola. Como o funcionário é contratado por uma empresa, e sob critérios desconhecidos da escola, não é possível saber ao certo com quem o público escolar está lidando diariamente.

Autonomia dos grêmios estudantis
O estudante André João, representante da UBES (União Brasileira dos Estudantes Secundaristas), defendeu enfaticamente não só a criação de grêmios estudantis como também a autonomia deles em relação à diretoria da escola. Segundo André João, os grêmios seriam excelentes meios para se aproximar da comunidade, já que os pais, por meio da organização dos estudantes, participariam mais dos assuntos relativos à escola. Ademais, ele observou que a UBES teve participação ativa nas conquistas recentes dos estudantes, sobretudo, na conquista do direito ao passe livre. Aproveitou também para convidar todos para participar do Seminário Nacional de Educação da UBES, que acontecerá nos dias 01, 02 e 03 de maio, no Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA-DF), situado no SGAS 901, Cj. D, Asa Sul (ao lado do colégio Galois). Mais informações no blog da UBES-DF: http://ubesdodf.blogspot.com.

Quatro palavras-chave
Por ter cedido gentilmente a palavra ao governador Agnelo Queiroz, a secretária de educação Regina Vinhaes foi a última a discursar. Basicamente, ela tratou de definir o significado de quatro palavras que ela considera essenciais na elaboração de uma nova política educacional no DF. Em primeiro lugar, público tem de significar, “desde a origem até o fim, uma escola de todos”. Além de pública, a escola precisa ser laica, sem nenhum vínculo com uma religião particular. Junto com esse caráter público e laico, a escola precisa ser democrática, ou seja, um lugar construído coletivamente. É o que ocorre, como ela ilustra, quando construímos juntos uma lei que nós mesmos teremos de acatar. Trata-se de uma forma de se comprometer mais com o outro, o que significa comprometer-se consigo mesmo, pois, quando queremos que uma lei valha para alguém, isso significa que já a aceitamos para nós mesmos. Por fim, além de pública, laica e democrática, a escola deve ter também qualidade. Mas, por ser permeada de valor, a noção de qualidade é por si mesma multifacetada. Cada um sustenta determinados valores que lhe servem de parâmetro para medir a qualidade das coisas. Todavia, podemos sim sustentar um sentido comum de qualidade, e, segundo a secretária, o social deve assumir esse papel. Nosso padrão não deve ser exclusivamente o mercado, como parece ter sido a tendência dominante nas últimas décadas. Antes, o mercado deve estar submetido ao que é bom para a sociedade em geral. Essa é a qualidade que devemos buscar, segundo Regina Vinhaes. Pois “nós queremos”, ela conclui, e não apenas a Secretaria de Estado de Educação do Distrito Federal.

Todos esses discursos foram realizados durante a manhã. À tarde, cada pessoa presente na conferência recebeu uma cópia da proposta de lei, de modo que lhe fosse possível sugerir alterações. A versão final do documento será encaminhada a uma comissão composta de representantes e assessores jurídicos da SEDF assim como de representantes do SINPRO-DF e do SAE. Na sexta-feira, dia 29 de abril, o projeto será encaminhado à Câmara Legislativa para se submeter ao voto dos deputados.

Para ver as fotos da conferência, todas feitas pelo fotógrafo Daniel Fama (NMP/DRESAM), clique no link: https://picasaweb.google.com/lh/sredir?uname=deicdesamambaia&target=ALBUM&id=5602457132763433249&authkey=Gv1sRgCP_yrqaXr5TrrQE&invite=CLyP4cYB&feat=email

Fonte consultada:

2.5.11

Escola de Samambaia também vira set de filmagem


Equipe do filme "Periférico 304".
Em meados dos anos cinquenta, alguns cineastas brasileiros realizaram um movimento chamado “Cinema Novo”, cujo principal propósito foi reformular o cinema brasileiro. Até então, a produtora Vera Cruz era a responsável pela realização dos filmes nacionais. Em geral, eles eram caríssimos para os padrões da economia brasileira, e não passavam de chanchadas politicamente alienantes. Um dos idealizadores do “Cinema Novo”, Glauber Rocha, resumiu de maneira única o ideal do movimento. Para fazer cinema, segundo ele, bastaria “uma câmera na mão e uma idéia na cabeça”.
 
Foi mais ou menos assim que nasceu o filme “Periférico 304”, refletindo bem o melhor momento da tradição cinematográfica brasileira. Em abril de 2006, um professor de artes cênicas do Centro de Ensino Médio (CEM) 304, Paulo Z, teve “uma idéia na cabeça”. Como ele revela em uma entrevista ao programa “Viver em Brasília”, veiculado no canal TV Brasília, foi se tornando cada vez mais clara, nas suas aulas sobre cinema, a possibilidade de fazer um filme com os estudantes da escola.

Assim surgiu o projeto “Meu primeiro filme”. Uma das primeiras providências de Paulo Z foi procurar o roteirista Geraldo Lessa. “Trata-se de uma história de amor voltada para o público jovem, com aspectos bem conhecidos no cinema: ação, suspense e terror. É um filme simples”, diz Geraldo ao programa “Viver em Brasília”. De fato, o filme conta a história de Marília, estudante do CEM 304, que se envolve com Fausto, cujo passado a insere em uma trama repleta de ação, suspense e terror.

Como já informa o título, o filme busca relatar os dramas vividos na periferia. “Na escola da vida, quem reprova não se recupera mais? Quem vai decidir isso é o público, porque o filme te dá opções”, diz Paulo Z em entrevista ao jornal DFTV, da Rede Globo. “Os personagens têm opções de vida contadas na escola, na sua família. As pessoas vão ver o filme e vão fazer essa reflexão depois”.

Embora um dos princípios do cinema seja “uma idéia na cabeça”, como diz Glauber Rocha, o processo de produção nem sempre é tão simples. Foram necessários cinco anos, dois dos quais foram dedicados apenas à edição de 22 horas de gravação, que resultou em um longa-metragem de uma hora e meia. À maneira dos cineastas do cinema novo, que defendiam a produção de um “cinema barato”, “Periférico 304” foi totalmente produzido com apenas 25 mil reais, um orçamento considerado baixo para os padrões da indústria cinematográfica.

Cena do filme
Foram selecionadas 30 pessoas para o elenco dentre as trezentas que se inscreveram. Quem não pôde protagonizar o filme ou atuou como figurante ou trabalhou na produção. “Foi preciso treinar o pessoal que não tinha noção de cinema”, conta o diretor de elenco, Josuel Junior. “Durante seis meses, foram feitas oficinas de teatro com essas trinta pessoas, para que elas pudessem começar a entender a linguagem do cinema”. Depois das filmagens, um dos atores de “Periférico 304” relembra: “A gente ficava questão de horas para esperar uma luz, esperar um bom tempo”.

Como Paulo Z ressalta no “Viver em Brasília”, “o objetivo do filme é pedagógico”. Assim, ele demonstra que a escola não é lugar apenas para aprender matemática, português, história, química e todas aquelas disciplinas tradicionais que vêm primeiro à mente quando se pronuncia a palavra ‘escola’. Ela também pode ser palco para fazer arte, realmente, em vez de simplesmente aprender algo sobre ela.

O filme será lançado no IESB da Asa Norte, no dia 12 de maio, às 19h. Nos dias 19 e 20, ele será exibido no próprio CEM 304, também às 19h. A entrada é franca.

Ficha técnica:
Roteiro: Geraldo Lessa
Direção: Paulo Z
Diretor de Elenco e Produção: Josuel Junior
Produtora Associada: Cia. Fábrica de Teatro/DF
Duração: 1 hora e 30 minutos
Classificação: 12 anos

Fontes consultadas:
O programa “Viver em Brasília” (TV Brasília) e o trailer do filme “Periférico 304” estão disponíveis em: www.youtube.com